A Cantiga dos Pássaros e das Serpentes, Suzanne Collins
Quem é a humanidade em seu estado natural? Um livro que busca questionar e explorar esse preceito filosófico polítoco através da ficção
Quem é a humanidade em seu estado natural?
Um livro sobre a filosofia por trás do estado natural humano e o nascimento de um vilão que anos no futuro dominará com punho de ferro uma nação.
Mais um trabalho espetacular de Collins 👇
Quem são os seres humanos? Pois quem somos determina o tipo de governo de que precisamos.
A história por trás do livro
Talvez você conheça Jogos Vorazes graças aos filmes ou livros (incríveis) da franquia:
“A Cantiga dos Pássaros e das Serpentes” é uma continuação dos livros, porém ocorre no passado.
Ou seja, na história e de forma cronológica, esse é o primeiro livro da trilogia.
E o personagem principal dela é Coriolanus Snow.
Sim, o vilão dos livros principais de Jogos Vozes.
Porém, nesse livro ele ainda não se tornou o presidente de Panem como todos conhecemos. Na verdade, nem mesmo um completo e desprezível autoritário. Muito pelo contrário:
Vemos a construção desse lado dele.
Sim, vilões não nascem… são construídos.
Tudo isso em um cenário pós-guerra depois que os distritos (rebeldes) perderam a batalha e se tornaram completamente subservientes a Capital.
As ideais por trás do livro
Ficções podem até não ser reais, mas suas ideias são.
Suzanne Collins explora ao longo das 575 páginas a discussão filosófica política sobre o estado natural humano e o contrato social.
E claro, o verdadeiro problema por trás dessa ideia de Hobbes e Rousseau:
— É. Se não houver lei e alguém para aplicá-la (Estado), acho que seriamos como animais. Queer você goste ou não, a Capital é a única coisa que mantém as pessoas em segurança.
— Então estão me mantendo em segurança. E de que eu abro mão em troca? — Perguntou ela.
— Abrir mão? Ora, de nada.
— Nós abrimos — disse lea. — Não podemos viajar. Não podemos nos apresentar sem autorização. Só podemos cantar certos tipos de música. Quem resiste leva tiro, como meu pai. […] E se eu achar que esse preço é alto demais? Talvez minha liberdade não valha o risco.
Minha opinião sobre o livro
Não é a primeira vez que leio esse livro.
E mesmo assim, minha experiência foi ainda melhor nessa releitura.
Do meu ponto de vista, "A Cantiga dos Pássaros e das Serpentes” é um dos melhores livros escritos nos últimos anos.
A maneira como a Collins trabalha e explora as ideias filosóficas foi fenomenal e fez sentido com a história. Além de, claro, conseguir criar personagens extremamente interessantes e quase que reais.
Fora a facilidade que é ler todas as palavras ali.
Honestamente, deve ser o melhor livro que lerei em 2023.
Por que você deveria ler esse livro?
É difícil encontrar bons livros nos publicados nos últimos anos.
Não à toa que a maioria das pessoas prefere livros antigos como “A Revolta de Atlas”; “Fundação”; “O Homem do Castelo Alto”; e outros.
De todo modo, recomendo dar uma chance para A Cantiga dos Pássaros e das Serpentes.
É um livro realmente profundo e interessante.
Fora que possui uma história envolvente.
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E caso se pergunte por qual começar — considerando a trilogia — ainda recomendo que comece por esse.
Honestamente é o melhor da autora.
— Isso é direito nosso.
— Não é, não! Não ligo para o que dizem. Vocês não tem o direito de fazer pessoas passarem fome, de puni-las sem motivo. Não tem o direito de tirar a vida e a liberdade delas. Essas são coisas com as quais todo mundo nasce e não são suas para serem tiradas assim. Vencer uma guerra não lhes dá esse direito. Ter mais armas não lhe dá esse direito. Ser da Capital não lhes dá esse direito. Nada dá.
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Além disso — acredite ou não — publiquei uma ficção recentemente.
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